Desconheço muito, o que sei talvez seja dispensável, carrego uma melancolia que não é minha, é de tudo…
O sol brilha mas se sinto o oposto, onde bate a luz, só luz sinto
Maldade minha dizer que sinto, que penso…isto não é meu…é uma parte pequena do pequeno que sou.
Tudo me rodeia e a volta do nada, o imperfeito adequa-se-me.
Sentado no centro do jardim, assemelho-me a uma destas colunas brancas que suportam a ramagem, eu e elas, nós e os outros, a vida que comemos, nem sempre é bem mastigada, a cidade torna-me rude, ou eu assim fico pelas pessoas.
É inverno cá fora, e todos se comportam como as folhas já caídas, uns por pisar, outros por repisar…o mau que há em mim, serve também para o bem dos que me rodeiam, mau ou corajoso é bem ou pode ser coisa familiar.
Ninguém ajuda porque ninguém é ajudado
Os velhos que serei deambulam no jardim, como flores perdidas do seu local
O mundo cônscio ou o que pensam da diferença do dormir não tem graça, a atitude colectiva é como um grupo de moscas…é só escolher uma merda qualquer.
A minha razão enforca-me os pulsos da voz, ao invés do som grave e redondo do amor, deito para fora o agudo e dissonante beijo do ódio.
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