segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Algures em mim………..


Estende-se um espaço, talvez um pensar

Desconheço muito, o que sei talvez seja dispensável, carrego uma melancolia que não é minha, é de tudo…

O sol brilha mas se sinto o oposto, onde bate a luz, só luz sinto

Maldade minha dizer que sinto, que penso…isto não é meu…é uma parte pequena do pequeno que sou.

Tudo me rodeia e a volta do nada, o imperfeito adequa-se-me.

Sentado no centro do jardim, assemelho-me a uma destas colunas brancas que suportam a ramagem, eu e elas, nós e os outros, a vida que comemos, nem sempre é bem mastigada, a cidade torna-me rude, ou eu assim fico pelas pessoas.

É inverno cá fora, e todos se comportam como as folhas já caídas, uns por pisar, outros por repisar…o mau que há em mim, serve também para o bem dos que me rodeiam, mau ou corajoso é bem ou pode ser coisa familiar.

Ninguém ajuda porque ninguém é ajudado

Os velhos que serei deambulam no jardim, como flores perdidas do seu local

O mundo cônscio ou o que pensam da diferença do dormir não tem graça, a atitude colectiva é como um grupo de moscas…é só escolher uma merda qualquer.

A minha razão enforca-me os pulsos da voz, ao invés do som grave e redondo do amor, deito para fora o agudo e dissonante beijo do ódio.

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