sexta-feira, 12 de junho de 2009

pro cura

Traz-me a fugaz tempestade de existir
Não mais que ser absoluto
Um pouco mais que o desejo de autenticar
A verdade procura a pergunta, não a resposta
Procuramos nós, nos outros a nossa?!
Mais escutam os que não podem ouvir, mais veremos em acabar com o cinismo do parecer.
Nos peitos graves, descansa o beijo, o leve roçar dos núcleos...
A estranha alma de todos
Os estupidos, os espertos, os poucos, os muitos, os doidos, eu
A mente incomodada com tanta atenção, deslizou para pés
Tentando encontrar um novo caminho,
O sentido jorra para fora das horas
As emoções maquinas
Labutando ao Eu, ao Eu em honra
Amanha estará morta, a Rainha outra
Da madeira os sobreviventes anéis, as orlas, dos fossos, dos castelos hoje vazios de consciência
Cósmicos sentires, tão feito de nós.

frag ansias

Revelo-me podre
A dor em riste
manuseamentos frágeis às emoções
mandar...mandar tudo pró buraco
das coisas que quero mas que não consigo esqueçer
do lodo que habita nos meus pés
o globo agita-se, remoinhos nas palavras, sem significado
o futuro disto é agora, o amanha é-me solidão e um óasis sem sede
um perfume que nem eu quero usar
desloco-me nesta personagem, ingrata, parva, inconsciente
se tanto nestes momentos me parece a vida, um punhal demasiado dentro, já quente, ao qual me habituei.
no meu calor ninguem se alimenta
alimento-me, de pança cheia, cheia do turbilhão que sustenta esta fraca loucura que não me mata, enfarta
foda-se enfim!
das chagas nem um ai, nem susto só, os medos e as dores, são os unicos convidados que aceitam o meu dilacerante convite
na paz, em amor, em guerra brutal, em terra sorridente
uma morte aos meus persistentes desejos, uma vida aos meus falecidos intuitos.
nisto, avança uma lenta marcha funebre, que não parecendo faz nos dançar até à tumba
isto não são mortes, nem renascer, são doutros mares estas ondas
o que figuro é só o parecer
o que me faz ser
saõ altas rochas, feridas calmas
aves libertas de uma gaiola
que sabia bem o porque de existir
vomito palavras, regorjito sorrisos
em nada sofro, sou todo um vazio
com espaço a tudo.