segunda-feira, 21 de março de 2011

de pois

Depois de sangrar

Depois de gritar

Depois de atirar

Depois de me matar sem sucesso

Depois de ferir sem sexo

Depois disto tudo

Descanso por momentos a minha luta

Depois fica o quieto sentir, uma vida vazia, uma flecha sem arco, uma arma sem alvo, fome sem boca ou boca sem comida, divago já longe depois de sofrer, restam-me pedaços pequenos de prazer que utilizo como roupa e calçado, neste meu caminho fragmentado.

Palavras de tão fortes marcam severamente a fraqueza estrangeira, apetece-me largar esta pendente esperança, queria desfazer o duelo da minha dualidade, que mais é feita de preconceitos do que verdades, já a verdade é feita de mentiras, haverá então coragem sem medo? Amor sem ódio? Morte sem vida?

Não há dualidade, isso apenas somente ocorre aquando se defende em nós o ego desprovido dos membros que somos nós.

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