Depois de sangrar
Depois de gritar
Depois de atirar
Depois de me matar sem sucesso
Depois de ferir sem sexo
Depois disto tudo
Descanso por momentos a minha luta
Depois fica o quieto sentir, uma vida vazia, uma flecha sem arco, uma arma sem alvo, fome sem boca ou boca sem comida, divago já longe depois de sofrer, restam-me pedaços pequenos de prazer que utilizo como roupa e calçado, neste meu caminho fragmentado.
Palavras de tão fortes marcam severamente a fraqueza estrangeira, apetece-me largar esta pendente esperança, queria desfazer o duelo da minha dualidade, que mais é feita de preconceitos do que verdades, já a verdade é feita de mentiras, haverá então coragem sem medo? Amor sem ódio? Morte sem vida?
Não há dualidade, isso apenas somente ocorre aquando se defende em nós o ego desprovido dos membros que somos nós.
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