segunda-feira, 29 de setembro de 2008

estupido eu

Estupido eu

quando me apercebi

que o desfraldar dos lençois vizinhos

que a sombra do estendal faz no prédio

da planta que consigo ver, a unica a sair do padrão da escadaria

Eu estupido, de deixar-me reconhecer como eu

de saber que tambem sou o que vejo!!

de ser o que vejo...mesmo cego

mesmo cego vislumbro, alucino na pachorra do momento

e se quero ser alguma coisa é de ser nada

e vaporizar-me das mentes vizinhas

somos assim, o que vê como o que olha, o que é visto

e arregalem os sentidos, porque é isto de que nos valemos, dos sentidos

de uns olhos que não vencem a escuridão

de uma escuridão que não sabe se a vimos

isto agora, é fruto de cada um de nós, isto é singular!

tal como a planta que quebra o padrão do prédio

tal como as nossas perguntas, que são tambem

as nossas mais que evidentes respostas

se com a vontade conseguirmos, passar sem perder a vez

ao qual é para nós importante

de quem...de nós importamos,

que não sejam as palavras sem resumo ou sermões em sintese

quem sabe sabe sempre ou deveras em maioria

reservar na ausencia de palavras o mais forte das palavras

o silencio é a silaba mor

e a esta todos, e todos se calam

pois para saber disto, há que ser isto mesmo

e a vós mentes conturbadas

esse é o sinal de que todos esperavam

a voz em atitude

isto, é o que tudo faz.

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