quarta-feira, 3 de setembro de 2008

mar

mergulho no oceano e deixo de ser a pessoa, o ser

deixo  agradavelmente tudo para trás

e rodeado disto, desta raiz liquida a que me ofereço

aumenta-me, preenche os espaços vazios

nesta ondulação permanente, sinto o silencio, sou a quietude...sem a ser

participo desta vida com a minha

prevejo pelo vazio todo o conteúdo, e cada vez que cresço

caminho mais para a minha meninice, e salgado sentimento este que me faz vibrar

me dá a paz de nem de mim me esquecer, de me evidenciar, de sentir-me anulado

pela vã tentação de me existir

e rodeado em completo, morro para renascer

repetidamente até à não-presença de sempre ser

o eterno e imortal é Aqui

Um comentário:

Anônimo disse...

Li, reli e gostei.
O Mar é tanto que nos faz, quase sempre, ser algo.
Abracinhos