segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

adaga

numa mão seguro a luz terna do amor, partida, pendendo um sorriso desfeito pelo prazer, na outra mão a adaga da traição, que fiz eu? na pressa de ter a luz para cegar, mortal beijo, funda ferida, sonho interrompido. Um espantoso morrer de gritos e tombos violentos contra a fidelidade e honestidade, seguras pelos fios das aranhas do medo, mortos que vivem os sentimentos em mim e em todos, eu sei, caí do mais alto das pretensões,ter das bocas outras palavras que não as mesmas que se querem ouvir, deixo atrás de mim um cheiro de carcaça morta de frutos pisados, de ferida aberta, uma ferida que sempre assim dentro dos momentos acenderá as portas fracas dos instantes.

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