segunda-feira, 29 de setembro de 2008

estupido eu

Estupido eu

quando me apercebi

que o desfraldar dos lençois vizinhos

que a sombra do estendal faz no prédio

da planta que consigo ver, a unica a sair do padrão da escadaria

Eu estupido, de deixar-me reconhecer como eu

de saber que tambem sou o que vejo!!

de ser o que vejo...mesmo cego

mesmo cego vislumbro, alucino na pachorra do momento

e se quero ser alguma coisa é de ser nada

e vaporizar-me das mentes vizinhas

somos assim, o que vê como o que olha, o que é visto

e arregalem os sentidos, porque é isto de que nos valemos, dos sentidos

de uns olhos que não vencem a escuridão

de uma escuridão que não sabe se a vimos

isto agora, é fruto de cada um de nós, isto é singular!

tal como a planta que quebra o padrão do prédio

tal como as nossas perguntas, que são tambem

as nossas mais que evidentes respostas

se com a vontade conseguirmos, passar sem perder a vez

ao qual é para nós importante

de quem...de nós importamos,

que não sejam as palavras sem resumo ou sermões em sintese

quem sabe sabe sempre ou deveras em maioria

reservar na ausencia de palavras o mais forte das palavras

o silencio é a silaba mor

e a esta todos, e todos se calam

pois para saber disto, há que ser isto mesmo

e a vós mentes conturbadas

esse é o sinal de que todos esperavam

a voz em atitude

isto, é o que tudo faz.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

ocaso

acordo numa solidão beata

no escuro claro de quem vê a sua alma perdida

encontro a diferença real que abafo com os meus consumos

virando do avesso a juventude, e perdida a confiança dos amores

finjo-me preso, acordo de mim.

quando tudo me contraria...livre da liberdade

morro satisfatoriamente acordado

mordendo um odor

o tempo coça-me as costas, eu agradeço

vou pela mão, não do tempo, mas de toda uma natureza que não se importa

como sou.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

janela e mente

quando o sol bate

a ignorancia vai

o desmembramento é simultâneo

quando o sol vem

dispo-me do ego que não sou 

e valente ao mais temerário

corro  em cadeira de rodas

grito em favor de mais alguem

pedinte do que há fartura

entrego o que já é nosso

cobrem se com plavras atrás de conceitos

até estes, tambem se desnudarem,

provocarem a novidade

aqui cabem uns tantos..de quantos haja

quando a vida é..abrimos janelas

mar

mergulho no oceano e deixo de ser a pessoa, o ser

deixo  agradavelmente tudo para trás

e rodeado disto, desta raiz liquida a que me ofereço

aumenta-me, preenche os espaços vazios

nesta ondulação permanente, sinto o silencio, sou a quietude...sem a ser

participo desta vida com a minha

prevejo pelo vazio todo o conteúdo, e cada vez que cresço

caminho mais para a minha meninice, e salgado sentimento este que me faz vibrar

me dá a paz de nem de mim me esquecer, de me evidenciar, de sentir-me anulado

pela vã tentação de me existir

e rodeado em completo, morro para renascer

repetidamente até à não-presença de sempre ser

o eterno e imortal é Aqui

espelho de cidade

delicadas flores, pessoas

amanhece entre os sons da loiça, das cadeiras puxadas por tantos

sou o contente, o pacifico, o melhor de gente nehuma

o inócuo das palavras agudas, o local de impacto na mente é inacessivel

para a razão.

não está mundo!!! é a fossa do julgamento, estou ou estamos atolados de pensamentos feitos emoção

e este choque de ilusões faz em nós a realidade podre do medo de viver numa segurança sem chão

numa vida sem dono 

desta vez....

acorda uma vez só na vida

verás pasmado mas sem entusiasmo

o verdadeiro que se explica

vais sorrir dentro do choro

e tuda a dor será apenas

um vento que passou

e tu...o imenso que Agora vem a caminho