Ando a perguntar ao real se o é
a mim se o sou
ninguem responde
será isso a resposta?!
mereço isso?! deixo-me cair como folha, como pó, algures irei dar..
damos como certo o inevitavel, e nunca o acontecer espontaneo e livre do julgar
abrigo-me da trovoada
no despido lugar
eu sei...se não sou a entrada
sou o que entrou
e assim brinco-me
ando na gandaia do mundo
choro..e porque não?!
se posso, se me posso a isso
agarrem-me apenas o corpo
pois eu sou praticamente
etéreo.
Em 1978
Há 6 anos
2 comentários:
Na tua bela irRealIdade continuas a fazer nascer flores no meio da merda.
E essas são tão reais quanto os olhos que as veêm.
Ao fim e ao cabo até já ganhámos o jogo á partida.
Abraços
"damos como certo o inevitável, e nunca o acontecer espontâneo e livre do julgar".
Explicas nitidamente o meu pensar.
São descrentes, custa-lhes acreditar.
Viver cada momento e aceitar,
seja qual for a forma de ele se fazer notar.
Se chegou, é para ficar e degustar
os momentos felizes que nos fazem estar vivos.
P.S.: Estou espantada com a tua veia artística. As tuas palavras calam-me. Os teus desenhos/retratos envolvem-me. Tua voz serena acorda-me.
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