segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

MENTIRAS ANTAGONISTAS

Como a arte com os dedos mindinhos, coisa leve e fina, trinco-a pelas perninhas da adoração e engulo de uma vez só o corpinho frágil deste molusco que habita o consciente perfeito fogo.

Qual arte? Qual artista?!...representações talvez todas defeitas dos efeitos, qual melhor ou superior, julgar isso dessa maneira, traz ao demente recordações alheias de ter cheiro a lucidez que usaste apenas como perfume,

Artista devoto à inspiração, faminto sem alucinar o mundo.

Não permanece qualquer eu, o artista sozinho seria condenado a esconder as suas ditas próprias criações de si próprio, por fim acenderia a fogueira das vaidades e com isso sobreviver uma noite mais, ao relento que seja das estrelas que caindo no olhar não encontra poiso de dormir a vida.

O artista é um tonto que não cambaleia no trilho gasto da ideia de criar, para ele o instante morde inteiro o desejo...a arte vomita o que o artista comeu…ou o que comeu o artista, assim lembra no chão a terra para dela o céu,

Entre ambos navegamos Ò esperanças, Ò tentativas de atravessar no rio o mar, na certeza de ter sido a arte o artista…a vida apenas ar no ar, o sonho a porta desta casa sem rua, sílabas pedra vidro ígneo do verbo, o ar-tista é um fôlego que repete incansável a mente em reparar na envolvência do manto, o acaso.

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