O amor surge embrulhado num novelo de conceitos, ideias, pré-emoções
O ódio é outro igual, envolto em abstractos sentimentos contraditórios, o que é essencial é que haja um determinado atrito, sem ele teria escorregado no teu abraço ou não te teria sentido dentro de mim, já encostado a ti olho-te os olhos a dizer sem verbo: é isto viver?! É isto? Que é isto?
Dizes que sim ou sei lá, que importa no fundo a ideia ou conceito que temos ou somos do amor, do certo, em frente do jovem pelotão da acção ainda peço um milagre, não que falhem o alvo, mas que seja outra razão do que a do amor…porque o tive e agora foi…mas então o amor não é também cego?! Como a justiça não é?! Tapamos os olhos aos que precisam de ver mais, talvez tanto seja desnecessário, mas melhor, ver melhor, onde colocamos a realidade empurrada de ideias feitas nascentes de um mar confuso para gerar ondas, aquelas que vemos chegar, que ao pé delas pensamos que coisa enorme de se perceber, as emoções molham-me os pés mas recuso o mergulho, fico aqui continuando é claro, mas aqui onde tudo sempre acontece, um deserto dentro da palavra alimento, o que então nos alimenta? O sexo? O estado ionizado da consciência e consciencializar é ter, ter ou a chave ou a porta que importa? ter é uma desventura ter que proteger ou afastar quem proteja, a nossa vontade essa continua…ferida ou não, meia torta ou torta inteira, o que importa nesta abertura é só abri-la
Depois dela estamos sempre perdidos
Em 1978
Há 6 anos
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