levanto-me e vou trabalhar, rio-me de mim, ver-me assim apressado, com a urgência da responsabilidade de cumprir, vejo os demais como eu mesmo, levantando, vestindo o apressar nos deveres, cumprimentando a quem os meus interesses amam, sirvo-me destes personagens como um outro insignificante Eu.
Tento fugir da amálgama, encontro-me sempre a voltar em cada beata lançada como moeda sem poço de desejos, eu entro, ela fica.
Os dias aperfeiçoam a lamina, o descuido o resultado, e quando o dia finda, eu saio, eu entro, mas não vou a nenhum lado, troco apenas de posição e julgo nisso, mudança de mundos, mas estou errado, eu é que não me vou salvar.
Porque ao salvar já estava a voltar de onde parti
E entre as coisas que sou…criam-se distancias, alcançam se outras
Agiganto-me para lá da minha ordinária substancia, e um novo sempre antigo existir enfrenta
A sua natureza
Em 1978
Há 6 anos