domingo, 8 de março de 2009

Caifundo já morrera tantas vezes
Porem nesta ultima mortenascimento sentira o murmurinho de vozes, de vivências, de alguém, sim era isso!!
De muitos alguens, de todos, de saber como um paladar se desmancha na língua.
Ali estava e era qualquer coisa.
Caifundo nesse dia resolveu sair….e onde?
Que lugar escolher depois de tantos anos em retiro?
Tinha renunciado andar na rua com a sua cadeira de rodas.
Eram poucos e sempre discriminados, objectos andantes sem corpo, o olhar dos restantes pasmados com esta deslocação tão diferente do que se diz ser o andar.
Esforçavam se por reconhecer a pessoa , mas apenas tinham sucesso em reconhecer os objectos, uma muleta, uma cadeira de rodas, algo que fosse inanimado, que os liberta-se do humano, daquela parte antiga insistente em cada encontro, que os ditos comuns, tanto no andar, como no parecer, disfarçavam tão delicadamente está tentativa de aproximação ou curiosidade em outro ou qualquer ser, a espontaneidade era coberta pelo ser em comunidade moderna, o simples ignorar de presenças era estimulado, resumindo para somente no núcleo da família, espaço para a noção de amor surgir, ou algo que sendo tão contraditório possa mesmo existir sendo outra coisa.
A pressão tinha feito dos seres, algo que humanamente fosse impensável, a própria autonomia ao esquecimento, algo que encolhe, contrariando o efeito da luz do sol.
Um antídoto à consciência, parecendo estes mais parecidos a objectos, a ferramentas, a peças, que os que não encolhendo esta consciência, que deslocando a sua presença por veículos, por objectos/ideias/utilidade avançam, querem pois o aumento a que estão habituados, a uma percepção imensa de reconhecer todos em todos.
Caifundo visualizava sem dificuldades a rede que os envolvia, a teia onde esbarravam, e os poucos que ao sentirem-se presos, seguiam disfarçando todo este episodio.

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