terça-feira, 18 de novembro de 2008

invasões

ao relento do olhar...para mim
saber que soube tudo isto
um travo de doçe no picante
do que fui...uma nesga d'alguma porta
que não sei em quais dos sentidos ficou
dai a paragem temporal,quando anos mais tarde, a saber o mesmo, o questionei outras vezes.
até que a mesma voz se tranformara num qualquer marco
um aviso sobre o visado
às tantas, miraculosas visões num baralho de cartas...
potencialidades empregues ao momento,às tantas hà de mesmo,como o crer, tantas variantes sobre a equação, passou-bem solitário sobre nós,os mesmos.
em falta de espaço unifica-se, comprime-se,entre o pequeno e o ter que empurrar em primeira pessoa a cura para dentro, tão finos os há que entram como o som, serpenteando timpano afora, já o poro é largo demais para se defender das coisas minuciosas que óspois pensamos que somos nós.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

ensurdecedor urbano

Há uma melodia quase parece inaudivel já ao nosso ser
Uma baixo mas constante empurrão
Um entorpecer dos sentidos, um emaralhado de maestros ambulantes
Freneticos e avidos de participar na grande melodia urbana
Propagandam o fim do silencio, e votam todos a favor hilariante ao ódio
Ferimentos que não se vê e gritos que assobiam..
Martelos ambulancias,pedidos de socorro em caras civilizadas,todos no trambulhão da pequena mas cortante onda....um lamurio que não se entende,não é percebido.
Vidas levadas num rio demente estático, e de repente, tudo o que não se ouve,fica diferente
E paro contemplando o desfolhar das arvores...o pequeno instante que se estende
E perco-me em novos e brilhantes sons