Sorte puta
Cornudo azar
O bom e o mal
Os dois de mãos dadas
À nossa beira-mar
Pôr à vista, estas fugazes realidades a todo o momento
Gritos em razões, discussões em cabrões,
Que só optam por o serem, falta de motivo no uso da cabeça
Latas e latões todos aos empurrões
À volta da harpa dos sentidos
No escuro mas iguais no silencio, absolutos.
A fala (dis) trai-nos
Faz-nos ser quem não somos
O somos é a soma, a toma de responsabilidades,
Mas sem a porra das obrigações, uma resposta assertiva e clara,
O nosso respirar involuntário não precisa de aprender,
O nosso coração nunca foi vontade de pensar
Só de viver
Disso sempre
O nosso brinde!
Em 1978
Há 6 anos